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Polo produtor de tangerina do ES prevê safra 30% maior em 2025

Concei??o do bingo no natalCastelo, na Regi?o Serrana do Espírito Santo, é o segundo maior produtor de tangerina ponkan no estado.

O município vive o pico da safra, que come?ou em maio e segue até julho.

A expectativa é de que a safra deste ano seja 30% maior que a de 2024, com a colheita estimada em mais de 120 mil caixas só na cidade.

A tangerina ponkan é a variedade cultivada em Concei??o do Castelo e na grande maioria do chamado Polo da Tangerina, que reúne outros seis municípios.

As lavouras de tangerina ponkan est?o carregadas em Concei??o do Castelo, na Regi?o Serrana do Espírito Santo. O município é o segundo maior produtor da fruta no estado, atrás apenas de Domingos Martins, e vive o pico da safra, que come?ou em maio e segue até o come?o de agosto.

Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extens?o Rural (Incaper), a expectativa é de que a safra deste ano seja 30% maior que a de 2024, com a colheita estimada em mais de 120 mil caixas só na cidade.

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“A produ??o esse ano tá muito boa, deu bastante. Aqui minha produ??o é média de 2 mil caixas esse ano”, contou o produtor Darci Moreira.

Afinal, o ES produz Tangerina, mexerica ou ponkan?

1 de 5 Polo produtor de tangerina do Espírito Santo prevê safra 30% maior em 2025. — Foto: TV Gazeta

De acordo com o extensionista do Incaper, Cleber Cássio Ferreira, apesar de parecerem a mesma fruta, tangerina e mexerica s?o produtos diferentes.

"A confus?o entre as frutas é comum, mas existem diferen?as. A primeira tem frutos maiores e é mais adocicada, a casca é mais solta e por isso descasca mais fácil. Já a mexerica é menor, com a casca mais lisa, fina e mais azeda', pontuou.

E a ponkan? Segundo Cleber, a ponkan é uma variedade da tangerina, e corresponde a 99% do que é produzido em Concei??o do Castelo e na maioria do chamado Polo da Tangerina, que reúne outros seis municípios: Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá, Marechal Floriano, Santa Leopoldina e Muniz Freire.

Produtividade

Todos os anos, s?o colhidas mais de 24 mil toneladas de tangerina ponkan na regi?o Serrana do estado, com valor estimado em R$ 12 milh?es.

"A produtividade no estado é muito boa e a saída também. Esse ano a colheita come?ou um pouquinho mais tarde, na metade de maio, e deve ir até o fim de julho, come?o de agosto. Quanto mais alta a propriedade, mais tempo o agricultor consegue colher", disse Cleber.

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Em Concei??o do Castelo, cerca de 40 famílias produzem a fruta, todas ligadas à agricultura familiar. A diversidade nas propriedades permite que a tangerina seja cultivada em consórcio com outras culturas, como o café.

“Tem uns dois anos que a gente plantou cerca de 500 pés consorciados com o café, que é o modelo que está bem presente agora aqui, que facilita o manejo”, explicou a produtora Danielle Collodette.

Da colheita ao turismo

O sucesso da ponkan vai além da ro?a. O agroturismo também se beneficia da produ??o. Em algumas propriedades, como a de Douglas Gasparetto, os turistas podem viver a experiência de colher a própria fruta no sistema “colhe e pague”.

“Foi uma proposta dentro daquilo que a gente acreditou na propriedade, para o turista ter essa vivência da realidade da ro?a. A gente dá os instrumentos, eles têm essa experiência e ainda podem degustar à vontade, a gente n?o cobra”, explicou Douglas.

Frutas pequenas viram doces e bebidas

3 de 5 Polo produtor de tangerina do Espírito Santo prevê safra 30% maior em 2025. — Foto: TV Gazeta

Mesmo as tangerinas menores, que n?o têm tanta saída no comércio tradicional, têm destino garantido: viram doces, geleias e até bebidas.

“Nós come?amos a fazer o pudim e a geleia de tangerina ponkan. Algumas frutas ficam pequenas e n?o vendem no comércio, e aí pensamos: ‘o que fazer pra aproveitar?’ Fizemos os doces e sempre temos as frutas da produ??o. Tem até bebida de tangerina”, contou a produtora e secretária de Agricultura do município, Marilene Dariva.

Clima favorece, mas mudan?as preocupam

As condi??es de clima, solo e altitude favorecem o cultivo da tangerina ponkan em Concei??o do Castelo. Mas os produtores est?o atentos às mudan?as climáticas, que têm alterado o comportamento das lavouras.

“Eu arrisco em afirmar que passamos por um tempo sem ter o período do inverno mesmo, isso favoreceu a prolifera??o de insetos que causam problemas na produ??o”, alertou Marilene.

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Suporte técnico e mercado aquecido

Para garantir qualidade e produtividade, os produtores contam com assistência técnica do Incaper, especialmente no controle de pragas e manejo.

“O Incaper tá sempre presente. A gente sabe que n?o é só o volume de produ??o, temos que oferecer produto que vai agregar lá na frente pra quem vai consumir”, destacou Danielle.

O técnico do Incaper, Cleber Cássio Ferreira, confirmou a expectativa positiva para 2025.

“Esse ano a gente vai ter uma superprodu??o, em rela??o ao ano passado. A tangerina tende a um ano produzir mais e outro menos, esse ano vai ser alta. Já est?o sendo comercializadas, os produtores já est?o vendendo”, apontou.

Segundo Cleber, grande parte da produ??o é destinada ao mercado interno, principalmente ao Rio de Janeiro.

“Temos ajuda de uma cooperativa de Cariacica que paga melhor do que o mercado e que está em parceria com os produtores pegando e comercializando essas tangerinas”, explicou.

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Mesmo com experimentos de outras variedades, a ponkan continua sendo a estrela da produ??o local.

“Nós temos um experimento com 10 varia??es de tangerina, mas a ponkan é destaque em Concei??o. O fruto de Concei??o do Castelo tem uma do?ura diferente. O turista que vem pra cá percebe essa característica que, às vezes, comprando na g?ndola do supermercado n?o é possível perceber”, acredita Douglas.

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