Mesmo se for aprovada no Congresso, anistia a golpistas deverá ser analisada no STF; entenda o caminho

Teatro em escolas públicas de Rio Preto orienta crian?as a denunciarem abuso sexual

A pe?a retrata histórias de violência física,úblicasdeRioPretoorientacrian?quais os jogos da loteria que correm hoje psicológica e sexual, faz parte do projeto “Eu Tenho Voz”, criado pelo IPAM e apoiado pela Vara da Infancia e Juventude de Rio Preto.

Após cada apresenta??o, juízes que acompanham a atividade conversam com os estudantes para explicar como identificar situa??es de violência e buscar ajuda.

Desde 2022, o projeto contabiliza 118 relatos espontaneos de vítimas de abuso sexual. Apenas em uma escola visitada neste ano, foram feitas 31 denúncias.

A violência sexual contra crian?as e adolescentes vem sendo tratada como um grave problema no Brasil. Em S?o José do Rio Preto (SP), o tema passou a ser abordado de forma lúdica, por meio de apresenta??es teatrais nas escolas estaduais.

O que come?ou como uma a??o educativa se transformou em ferramenta de combate aos abusos.

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A pe?a “Marcas da Infancia”, que retrata histórias de violência física, psicológica e sexual, faz parte do projeto “Eu Tenho Voz”, criado pelo Instituto Paulista de Magistrados (Ipam) e amparado pela Vara da Infancia e Juventude de Rio Preto.

Após cada apresenta??o, juízes que acompanham a atividade conversam com os estudantes para explicar como identificar situa??es de violência e buscar ajuda.

Segundo a juíza Hertha Helena Rollemberg Oliveira, coordenadora do projeto, muitos pedidos de ajuda acontecem ali mesmo, logo após a pe?a. “Dependendo da situa??o, às vezes é necessária uma interven??o imediata para que a violência cesse ou n?o aconte?a”, afirma em entrevista à TV TEM.

Desde 2022, o projeto contabiliza 118 relatos espontaneos de vítimas de abuso sexual. Apenas em uma escola visitada neste ano, foram feitas 31 denúncias. Grande parte das vítimas têm entre seis e 13 anos.

O juiz da Vara da Infancia e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, refor?a que a a??o cumpre o que já está previsto em lei.

“O teatro dá seguran?a para que crian?as tenham coragem de revelar e entender que essa violência tem que cessar”, diz.

1 de 2 A pe?a “Marcas da Infancia” retrata histórias de violência física, psicológica e sexual. — Foto: Reprodu??o/TV TEM

Segundo o Anuário de Seguran?a Pública, no Brasil, mais de 64% dos casos de estupro contra vulneráveis acontecem dentro de casa, muitas vezes praticados por parentes. Ainda de acordo com o levantamento, a cada seis minutos acontece um caso de estupro no país. Essa realidade ajuda a explicar o medo que muitas crian?as têm de denunciar.

Além dos alunos, os pais também participam das apresenta??es em Rio Preto e, em alguns casos, apresentam rea??es semelhantes às das crian?as.

Para a atriz Patrícia Torres, que integra o elenco, a pe?a ultrapassou o caráter preventivo. “Além da preven??o, é também um combate concreto porque o Judiciário pisa nas escolas públicas junto com a pe?a teatral. Hoje chegamos à conclus?o de que ela n?o pode existir sem essa rede de prote??o”, conta.

2 de 2 Desde 2022, o projeto contabiliza 118 relatos espontaneos de vítimas de abuso sexual. — Foto: Reprodu??o/TV TEM

Para quebrar o ciclo da violência, denúncias devem ser feitas de forma an?nima pelo Disque 100, que funciona 24 horas por dia.

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